CSC - Dia 11 - Triacastela a Melide

Assim que levantei conheci dois caras de Recife que faziam o caminho de bike e estavam tentando localizar a hospitaleira pra abrir a garagem. Bicicletas libertadas eles partiram pro pedal, que logo no inìcio tem uma subida dura com pedras e barro. Os pernambucanos nao estavam curtindo muito a viagem, um deles eu acredito que nunca mais sobe numa bicicleta na vida, ficava reclamando o tempo todo. Segui junto com eles, rindo muito do jeito engraçado que reclamavam, e tambem com uma gringa por um bom trecho e depois nos desencontramos. Encontrei muitos brasileiros a pé (muitos mesmo) e parei na bela cidade de Portomarin, onde conheci um casal que faz o caminho de bike, trocamos idéia e seguimos juntos por uns bons quilometros, o casal ficaria em Palas del Rey e cheguei a pensar em ficar lá também, mas nos desencontramos alguns quilometros antes e, num trecho de trilha em que me meti a besta de passar com a bike (apesar dos conselhos pelo contrario) furei o pneu. Dessa vez nao tinha uma bela vista, mas foi quase em frente a um restaurante e, como teria que remendar a camara, aproveitei pra jantar. Quando acabei de jantar e arrumar o pneu vi que o sol já estava bem baixo e sai num ritmo mais acelerado, quando cheguei em Palas del Rey e perguntei pelo albergue vi que jà tinha passado por ele, resolvi seguir até o próximo vilarejo que seria apenas descidas. Passei um, outro e parecia que todos jà estavam dormindo, tudo fechado e começou a escurecer, percebi que já devia ser mais de 9. Passei nesses pueblos estilo downhill urbano (cabidas as devidas proporcoes, rs), aproveitando as ruas vazias e entrando rasgando nas curvinhas entre as casas. Quando vi já estava entrando em Melide, onde parei num albergue privado e fui muito bem recebido pelo cara que cuidava do local. O albergue estava vazio e fiquei sozinho num dormitorio gigantesco. Ufa! Nem sai em Melide, tomei uma cerveza no proprio albergue, banho tomado, fui dormir já pensando que no dia seguinte seria a chegada a Santiago.