sábado, 3 de maio de 2014

CSC - Dia 0 - Caminho de St. Jean Pier de Port

ps: relevem erros de digitacao e falta de acentuacao, o teclado que estou usando eh outro padrao.

Ate Bordeaux

Depois de pegar um taxi com um figurassa, que me convenceu a pegar a corrida ate o aeroporto ao inves de ir ate o conexao, cheguei cedo para fazer check-in e isso foi bom: os funcionarios da TAP questinaram o modo como a bicicleta estava embalada, mas acabaram aceitando. O voo ate Lisboa foi ate tranquilo e o para Bordeaux teve pequeno atraso, mas ate ai tudo bem. Os perrengues comecaram quando peguei a bike e vi que a TAP havia maltratado a minha bike de um jeito que chego a desconfiar que foi de proposito pelo "problema" no despacho, afinal ela estava muito bem embalada para chegar do jeito que chegou. Porem, tirando arranhoes e um amassado na pinca de freio, parece que nao teve nada mais grave.

 Bordeaux

Encontrei com meu irmao, que estava morando na Irlanda esses meses, e conhecemos a cidade. Achei o centro bem agradavel, com muitas ruas fechadas para veiculos e muito espaco aberto para pessoas. Pensamos em fazer um dos tradicionais passeios a vinicolas, mas as vagas estavam esgotadas e nos sugeriram ir ate uma adega que tem uma especie de museu e degustacao. Quando iamos pegar o metro para ir a tal adega, nos baixou um momento de lucidez e percebemos que seria um puta programa de indio. Tomamos a decisao mais acertada: sentamos num bar e tomamos uma Leffe. Depois, rodando em busca de outro bar, Deus nos reservou a maior sorte que poderiamos: encontramos um autêntico Pub Irlandês. Ficamos a tarde toda comendo e bebendo as iguarias tipicas da Irlanda e que parecem nao enjoar nem mesmo quem ja estava nessa ha quase tres meses.

Trem + Onibus para SJPP

Depois de acordar atrasado e enfiar as coisas na mochila e sair correndo (pedalando, na verdade), sem cafe e com sede, consegui embarcar para uma agradavel viagem de trem ate Bayonne e depois de Onibus ate SJPP. Em Bayonne foi um misto de alegria e tristeza ao encontrar com os outros peregrinos. Alegria pelo clima agradavel e tristeza pela falta de educacao para guardar as bagagens, inclusive com dois ciclistas fdp empurrando minha bicicleta e jogando a roda que estava solta no cambio traseiro. Mesmo sem falar a mesma lingua, deu pra ser simpatico e contornar a situacao e acomodar a bike.

SJPP

Do inferno ao ceu.

Cheguei com uma chuvinha fina e todo mundo rapidamente se dispersou. Nunca me senti tao sozinho e desamparado. Sozinho (literalmente) na estacao e sem saber o que fazer. Pelo menos nao tinha mais de uma forma de sair da estacao, que fica numa ponta da cidade. Sai pedaladando e encontrei um grande numero de pessoas indo pro mesmo lado. Fui atras e todos estavam indo a uma central dos "Amis Du Chemin de Saint Jacques". Como a fila estava muito grande, tirei a errada conclusao que estaria sem vaga e sai rodando em busca de um albergue ou coisa do tipo. Foi a pior coisa que fiz, so vi hotel caro e a chuva aumentando.. sem conseguir me comunicar muito bem, arrependido de ter vindo e ja cogitando hipotese de pagar hotel, escuto uma voz em portugues: era uma brasileira, a Camila, me perguntando o que uma recepcionista de uma pensao estava dizendo. Ela tambem estava procurando lugar pra ficar. Voltamos no primeiro lugar que eu tinha ido e o atendente super figurassa, engracado demais, fazendo piadas em Frances e a gente entendendo pelos gestos e  rindo. Entao eu entendi que ali era so um centro de recepcao e que os abrigos sao espalhados em outros pontos.. Ufa! Conseguimos lugar. Depois disso foi tudo dando certo, encontrei outros brasileiros.. com gringos gente boa demais.. ajeitei tudo na bike... sai pra comer... a cidade e muito bonita e agradavel. Ate na hora que resolvi procurar internet foi rapido e ja avistei o centro de auxilio ao turista do outro lado da rua (pior que tinha passado na porta duas vezes qdo estava procurando lugar).. enfim, nem precisei andar mais, aqui no Office de Tourisme tem internet.

Fotos virao mais tarde ou amanha.. No computador que estou nao da pra passar.




















6 comentários:

  1. Buen Camino, Mendigo das Trilhas!!!

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  2. Se soubesse que teria esse perrengue logo em SJPP teria indicado o albergue de Bernard e Fifi, o Gite Ultreia - Gente muito fina...

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    1. no final deu td certo e foi até melhor ficar no albergue publico

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  3. Matheus, qual foi o problema no embarque da bike, aqui em Confins? Como você a despachou? Sem embalar?

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    1. embalei, mas propositalmente deixei uma parte do bagageiro e do avanco expostas, para facilitar a pegada na embalagem. A embalagem feita com papelao e plastico bolha era transparente em determinados pontos. Enfim, apesar de estar bem embalada, era uma embalagem com cara de caseira. O atendente queria que eu passasse aqueles plasticos de proteger mala do aeroporto, mas depois nem precisou. Na volta eu desmontei e embalei com papelao um pouco mais fechado e passei o tal plastico pra dar um reforço porque a embalagem foi meio que feita a mao com papelao e fita adesiva.

      Ja viajei de Tam e levei a bike inteira, só tirei o pedal, esvaziei os pneus (tem que lembrar sempre, por causa da pressao do compartimento de cargas) e virei o guidao.
      De azul, além dos itens anteriores, o funcionario pediu pra fazer uma embalagem tampando a relacao, por ter partes que poderiam danificar outras bagagens. Fiz isso no próprio aeroporto, sem problemas.

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    2. Então teve tranquilo! De Azul, levei duas bikes sem nenhuma embalagem, só esvaziei os pneus. Acho que as cias. aéreas estão começando a entender ...
      Quando da sua viagem, não deu para acompanhar por aqui, mas agora estou lendo tudo e gostando demais. Parabéns!

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